mamário
adjetivo
Discussão histórico-etimológica
O étimo é o latim científico mammarius, a, um, que já havia sido empregado para se referir às artérias e veias mamárias por Jean Riolan, o Jovem (na obra "Encheiridium Anatomicum et Pathologicum", 1649 - https://www.google.com.br/books/edition/Encheiridium_anatomicum_et_pathologicum/jt5OvY3EEvIC). Assim, embora a estrutura morfológica seja de um derivado sufixal (mama + o sufixo -ário), o termo não foi formado em português, mas se trata, mais propriamente, de um latinismo.
Definições
1. Relativo às mamas.
mammarios (masculino plural)
As cotyledones, em quanto naõ começa a germinaçaõ, servem juntamente com os tegumentos de fomentar a plantula seminal contra os frios, e de preservala de outras injurias externas; saõ de natureza mais ou menos oleosa, e contem em si huma subtancia mucilaginosa propria para nutrir a plantula no estado de germinaçaõ, em quanto ella naõ põde tirar da terra os succos sufficientes para á sua firme subsistencia; esta substancia he assaz analoga ao leite com que os animaes viviparos nutrem seus tenros filhos, e porisso alguns physiologistas compararaõ as cotylédones com as tetas dos dictos animaes, e lhes chamaraõ corpos mammarios. Grew, Malpighi, Bonet, e outros physiologistas convem unanimemente que ha nas cotylédones hum grande tecido vasculoso, cujos vasos huns saõ destinados à preparaçaõ dos dictos succos lacteos, outros a transmittilos à nova plantula, a que estaõ apegadas. No tempo da madureza das sementes, observa-se em cada huma dellas ou huma so cotylédone inteiriça Linneo seguindo o parecer dos antingos, diz que ha sementes que tem mais de duas cotyledones; Royer, Meese, e Ludwig reduzem todas as sementes a monocotyledones, e dicotyledones; o Dr. Murray he do mesmo sentimento, e ainda que usou do nome de polycotyledones, diz contudo que presume que estas saõ todas dicotyledones. Esta materia merece de ser fundada em novas observaçoẽs, que devem ser feitas principalmente no estado da germinaçaõ combinado com o da madureza das sementes., como nas palmeiras, gramas, e liliaceas, ou duas como v. g. nas leguminosas, e cruciferas; em humas e outras a plantula seminal esta situada em huma das duas extremidades A situaçaõ da plantula seminal na semente pode servir de huma excellente nota caracteristica, pela razaõ de naõ ser variavel; mas para isso, he precizo sempre suppor duas partes oppostas na plantula seminal, a saber, germe e rostrilho; a primeira he o ponto germinativo, a que alguns chamaõ gomo da semente, e que passa a ser plumula; a segunda he a parte opposta que passa a ser radicula; taõbem he precizo suppor base, topo, e lados; a base he o lugar do hilo, o topo o lugar opposto ao hilo, e os lados as partes ou faces que ficaõ entre a base e topo da semente.. Quando a semente tem huma so cotyledone, esta costuma sempre consomir-se debaxo da terra dentro dos tegumentos Este foy o motivo porque Meese dividio as cotylédones em visiveis e invisiveis, sendo estas as que se corrompem debaxo da terra, e aquellas as que sahem fora della. no tempo da germinaçaõ; pelo contrario quando ha duas Ainda que nas avellaans a nova planta tem ás vezes hum pé de alto, e as cotylédones estaõ ainda inteiras dentro da noz, naõ so consomem contudo dentro della., sahem sempre com a plumula fora dos tegumentos e sobre a superficie da terra, persistem apegadas à base do novo tronco mais ou menos tempo, e muitas vezes tomaõ a apparencia de folhas, como se vẽ nos meloẽs, abobaras, &c. Daqui procedeo darem-lhes os botanicos o nome de folhas seminaes; màs este nome so se lhes pode conservar, ajuntando-lhes o epitheto de bastardas. As folhas seminaes rigorosamente saõ aquellas que rebentaõ primeiro na germinaçaõ, e constituem a plumula; ora tanto nas sementes monocotylédones, como dicotylédones a plumula naõ foy jamais constituida pela substancia da cotylédone, mas sim pelo ponto germinativo, a que alguns chamaõ gomo da semente; demais disso, quando as cotylédones chegaõ a ser folhas, ja haviaõ outras primeiro na plumula mais ou menos apparentes: donde resulta que todas as cotylédones, que tomaõ a apparencia de folhas, so merecem ser chamadas folhas seminaes bastardas (pseudophylla seminalia, s. folia seminalia spuria), pela razaõ de serem posteriores às seminaes, e por terem como cotylédones subministrado succos lacteos à plantula seminal Penso que foy pela razaõ destes dois uzos que Meese lhes chamou cotylédones bastardas ou folhiformes (pseudo-cotyledones), o que vale mais do que dizer com Linneo "que cotylédones e folhas seminaes saõ synonymos." Vej. Phil. Botan. pag. 89. , ficando algum tempo depois gozando de funçoẽs analogas ás das verdadeiras folhas seminaes.
(Fonte: BROTERO , 1788 , Compendio de Botanica. Tomo primeiro , p. 192 )
mammarias (feminino plural)
Tambem tem arterias derivadas das phrenicas, e das mammarias, e das epigastricas, as suas veas tornaõ as phrenicas, e epigastricas.
(Fonte: SANTUCCI , 1739 , Anatomia do Corpo Humano , p. 21 )